O hábito de roer as unhas é uma prática comum em crianças, muitas vezes considerada como uma forma de lidar com o estresse, ansiedade ou tédio. Embora pareça inofensivo à primeira vista, esse hábito pode acarretar diversos prejuízos para a saúde bucal dos pequenos.
Em primeiro lugar, roer as unhas pode levar ao desgaste dos dentes, especialmente dos incisivos frontais. A pressão exercida ao morder as unhas repetidamente pode causar o desgaste do esmalte dentário, tornando os dentes mais propensos a sensibilidade, trincas e até mesmo fraturas.
Além disso, o ato de roer as unhas pode resultar em lesões na gengiva. As bordas afiadas das unhas podem ferir o tecido gengival, causando inflamação, sangramento e até infecções. Essas lesões também podem abrir caminho para a entrada de bactérias na corrente sanguínea, aumentando o risco de complicações sistêmicas.
Outra preocupação é o potencial para o desenvolvimento de problemas ortodônticos. O hábito de roer as unhas pode interferir no crescimento e na posição dos dentes, levando a problemas de alinhamento, como apinhamento dental, mordida aberta ou desalinhamento mandibular. Essas questões podem exigir intervenção ortodôntica.
Além dos problemas dentários e gengivais, roer as unhas também pode causar danos às articulações da mandíbula. A constante pressão exercida ao morder as unhas pode sobrecarregar as articulações temporomandibulares (ATM), levando a dores, estalos e até mesmo disfunção temporomandibular (DTM).
É importante abordar o hábito de roer as unhas oportunamente, tanto para proteger a saúde bucal quanto para promover hábitos saudáveis de enfrentamento do estresse e da ansiedade.
Os pais podem ajudar incentivando alternativas mais saudáveis, como o uso de brinquedos antiestresse, ensinando técnicas de relaxamento ou procurando a orientação de um profissional de saúde mental.
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