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Como a respiração bucal em bebês pode afetar o crescimento do rosto e dos dentes

  • Foto do escritor: Equipe Dra. Eliane Garcia
    Equipe Dra. Eliane Garcia
  • 17 de mar.
  • 2 min de leitura

A respiração bucal em bebês pode ter consequências significativas no desenvolvimento da face e da dentição. O padrão respiratório natural dos recém-nascidos e lactentes é a respiração nasal, que desempenha um papel essencial no crescimento harmonioso das estruturas craniofaciais. Quando um bebê passa a respirar pela boca de forma habitual, diversos problemas podem surgir ao longo do tempo.





Alterações no crescimento facial

 

A respiração pelo nariz ajuda a manter a língua na posição certa, no céu da boca, o que ajuda no crescimento correto dos ossos da face, especialmente o maxilar superior e o inferior. Quando a criança respira mais pela boca, a língua acaba ficando para baixo, e isso não ajuda a crescer a maxila da forma certa. Como consequência, pode ocorrer um estreitamento do maxilar superior, levando a um formato de face mais alongado e estreito.


Além disso, respirar pela boca pode afetar a postura da cabeça e do pescoço, o que prejudica o crescimento dos ossos e dos músculos da face. Isso pode causar mudanças na aparência, como um queixo mais retraído (para trás), olheiras mais visíveis, alterações na expressão facial, ranger de dentes, entre outras alterações.

 

Impacto na dentição


A dentição também pode ser prejudicada pela respiração bucal. Como o maxilar superior não se desenvolve adequadamente, é comum que os dentes fiquem desalinhados, sem espaço suficiente para nascerem posicionados corretamente. Isso pode levar a mordida cruzada, mordida aberta, entre outras maloclusões, necessitando de tratamento ortopédico e ortodôntico no futuro.


Outro problema frequente é a interposição lingual, ou seja, o hábito de posicionar a língua entre os dentes anteriores ao deglutir e para falar, o que pode comprometer ainda mais a oclusão dentária. Além disso, a boca constantemente aberta tende a levar ao ressecamento da mucosa oral, aumentando o risco de cáries e doenças gengivais.

 

Causas e tratamento


A respiração bucal em bebês pode ter diversas causas, incluindo alergias, aumento das Tonsilas Palatinas e adenoidianas (amígdalas e adenoides), desvio de septo nasal ou hábitos como o uso prolongado de chupeta e mamadeira. Identificar a causa subjacente é essencial para intervir oportunamente e evitar complicações futuras.


O tratamento pode envolver o acompanhamento com pediatra, otorrinolaringologista e fonoaudiólogo, além do dentista. Medidas como a higiene nasal adequada, controle de alergias e estimulação da respiração nasal, podem ajudar a reverter ou minimizar os impactos da respiração bucal no desenvolvimento dos bebês.

 

A respiração bucal do bebês não deve ser ignorada, pois pode impactar diretamente o crescimento facial – também, indiretamente, a estrutura óssea em geral - e a saúde bucal. Diagnóstico e intervenção oportuna são fundamentais para garantir um desenvolvimento adequado da face e dos dentes, prevenindo complicações ortopédicas /ortodônticas e funcionais no futuro.


 
 
 

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