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  • Foto do escritorEquipe Dra. Eliane Garcia

A DENTIÇÃO DOS BEBÊS PREMATUROS

Atualizado: 4 de fev. de 2021



Bebês prematuros têm mais chances de desenvolver problemas dentários em relação a bebês a termo, por isso, é importante esclarecer alguns pontos e orientar os pais quanto à conduta do atendimento a esses pacientes.


O parto prematuro é marcado pela interrupção abrupta do processo de desenvolvimento intrauterino do bebê no último trimestre de gestação: tecidos esqueléticos e dentários em formação têm a sequência regular de mineralização abalada, provocando diversos problemas.


Dentre os problemas mais comuns, estão erupção tardia dos dentes, defeitos no desenvolvimento do esmalte, descoloração dos dentes, sulco palatal e maior possibilidade de desenvolver alterações nos maxilares que levarão a necessidade de tratamentos ortopédicos ou ortodônticos. A causa na demora do aparecimento da dentição também podem ter relação com infecções contraídas após o nascimento e desnutrição.


Além disso, manobras da intubação também podem provocar outros defeitos, já que geram traumas nos germes dentários em formação. Alguns prematuros desenvolvem sulcos no céu da boca (chamado suco palatal) depois de ficarem intubados por apenas 7 dias, mas a verdade é que, quanto mais longo o período de intubação, maior a probabilidade do aparecimento do sulco palatal. Como consequência, podem ocorrer complicações como acavalamento dos dentes, problemas de sucção ou fala e/ou dificuldades de audição.


Outra questão é a descoloração dos dentes em prematuros que apresentaram altos níveis de bilirrubina na UTI Neonatal. Pode-se notar uma cor marrom ou amarelada nos dentes de leite, que pode não sai com a escovação ou limpeza feita no consultório dentário.


Os problemas que o bebê teve ainda na UTI Neonatal irão determinar a probabilidade de ele desenvolver as situações descritas acima. Devido a isso, bebês prematuros precisam receber cuidados especiais, de escovação cuidadosa diariamente e monitoramento frequente com o odontopediatra, desde o seu nascimento.


É importante salientar que o profissional precisa ser capacitado no atendimento a bebês, pois somente a qualificação irá garantir o correto atendimento, manejo das complicações e identificação da necessidade de encaminhamento a outros profissionais.



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