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Freio lingual curto: como pode interferir na amamentação, respiração e dentição do bebê?

  • Foto do escritor: Equipe Dra. Eliane Garcia
    Equipe Dra. Eliane Garcia
  • 18 de dez.
  • 2 min de leitura
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O freio lingual curto, também chamado de língua presa, é quando o tecido que conecta a parte inferior da língua ao assoalho da boca é mais espesso, curto ou rígido do que o ideal. Isso pode limitar o movimento da língua do bebê.


E por que isso importa? A língua tem papel importante na mamada, respiração e no desenvolvimento da boca e dos dentinhos. Veja como:



1️⃣ Amamentação


Para mamar bem, o bebê precisa mover a língua corretamente: alcançando o peito, elevando-se ao palato (céu da boca) e fazendo uma boa sucção.


Quando a língua não mexe como deveria, podem acontecer:


✔️ pega rasa

✔️ mamilo dolorido para a mãe

✔️ sucção fraca

✔️ bebê cansado e choroso

✔️ ganho de peso lento


Importante: nem todo bebê com freio curto terá dificuldade! Por isso, a avaliação individual é fundamental.


O ideal é sempre começar com medidas simples: ajuste de posicionamento, orientação e apoio de consultora de amamentação.

A cirurgia (frenotomia) só é indicada quando realmente necessário.



2️⃣ Respiração


A posição da língua dentro da boca também influencia a forma como o bebê respira.


Se a língua não consegue ficar posicionada no céu da boca, pode favorecer:


✔️ respiração bucal

✔️ dificuldade de manter lábios fechados

✔️ alterações no crescimento da face ao longo do tempo


Existe ainda estudo relacionando freio curto a roncos e apneias, mas cada caso é único e deve ser avaliado para avaliação de conduta.



3️⃣ Dentição e desenvolvimento da boca


A língua é como um “molde natural” do céu da boca.

Quando ela não alcança o palato, a arcada pode crescer de forma alterada.


Isso pode contribuir para:


✔️ estreitamento do arco superior

✔️ mordida aberta

✔️ mordida cruzada

✔️ alterações na fala e na mastigação futuramente


Mas, de novo: não é regra! Outros fatores também influenciam os dentes — como hábitos orais, respiração, genética e alimentação.



E o que os pais precisam saber?


📌 O diagnóstico não é só olhar o freio.

É avaliar a função do bebê: mamada, ganho de peso, dor materna, postura da língua, respiração, sono.


📌 A decisão sobre o procedimento cirúrgico deve ser individual.


📌 A melhor abordagem envolve equipe multidisciplinar:

odontopediatra + pediatra + consultora de amamentação + fonoaudióloga.


📌 O acompanhamento ao longo do crescimento é essencial para prevenir problemas na amamentação e no desenvolvimento da dentição.


Sendo assim:


Nem toda “língua presa” precisa de cirurgia.

O que determina o tratamento é a função do bebê — não apenas a aparência!


Avaliação precoce, informações claras e cuidado contínuo fazem toda a diferença. 💙


 
 
 

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